Ouso discordar de um dos ditados mais ouvidos e falados por aí.
Tá bom que alguns sentimentos até tornam as mães parecidas umas com as outras, mas mãe não é tudo igual!
Cada mãe assim como cada bebê são únicos, tem anseios e necessidades diferentes e precisamos respeitar isso.
Tem mãe que põe o filho pra dormir desde o seu primeiro dia em casa no bercinho no quartinho preparado para ele, algumas se sentem mais seguras em fazer isso quando o bebê já está um pouco maior, outras praticam a cama compartilhada até quando o filho quiser e se sentir seguro para ir pro seu próprio quarto.
Tem mãe que é natureba e a questão alimentar do seu filho é de extrema importância, tem outras que consideram sim importante uma alimentação saudável mas já não são tão rigorosas assim, e tem mãe que é totalmente liberal nesse sentido.
Tem mãe que prefere usar fralda de pano, outras que não abrem mão da fralda descartável. Tem mães que fazem da amamentação uma questão de vida ou morte, outras que consideram importante sim amamentar, mas se não for possível tudo bem leites artificiais estão aí pra isso mesmo.
Tem mãe que deixa o bebê engatinhar em qualquer lugar e brincar com objetos que estão no chão, tem mãe que prefere esterilizar cada brinquedo do filho. Tem mãe que incentiva no filho uma brincadeira mais arriscada tentando encorajá-lo, já outras que tem um mini enfarto só de imaginar seu bebê descendo alguns degraus.
Tem mãe que considera mais importante ficar em casa com seu bebê nos seus primeiros anos de vida, outras que sentem falta da carreira e não se imaginariam uma boa mãe se anulassem uma parte importante delas mesmas.
Tem mãe com paciência de Jó que acolhe cada choro, outras que até tentam mas logo baixa uma Rochelle e já sai gritando feito louca pela casa. Mães que sentem falta do corpo e da boa forma de antes da gravidez e mães que não consideram isso tão importante. Mães que sentem falta da balada com as amigas, ou uma tarde no salão de beleza, outras já não ligam pra isso.
Mães que ficam numa boa longe da cria e que tudo bem se seu filho vai dormir na casa da vovó, outras que nem sequer podem imaginar uma noite sem o seu “bebê” em casa.
Mães que sobrevivem bem com seu bebê doente, controlam sua febre, sabe que remédio pode dar, outras que ao menor sinal de um resfriado já corre marcar consulta com o pediatra.
Mães que se culpam e se cobram e mães que levam uma maternidade mais leve.
Mães que preferem brinquedos montessoriano, escola c metodologia Waldorf, outras já preferem uma escola bilíngue e outras só põe mesmo o filho na escola quando é obrigatório.
As diferenças são imensas, e não há problema nenhum nisso. Cada mãe tenta desempenhar o seu papel da melhor maneira possível, superando seus limites diariamente, não precisamos fazer o que outras mães fazem e não concordamos, mas precisamos sim ter respeito e empatia com cada uma delas, afinal cada mãe é única, mas a maternidade é uma ferida aberta para todas nós.
Por Paula de Souza